Lagoa da Prata / MG - sexta-feira, 29 de março de 2024

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17 dicas para ajudar seu filho a controlar a Obesidade Infanto Juvenil

 

1) Alguns pais não se conscientizam de si mesmos e de sua situação de peso e não conseguem analisar o do filho. Observe o seu comportamento e o de seu filho em relação à alimentação;

2) Fixe os horários das refeições, pois a prática ensina disciplina às crianças e evita o consumo de lanches e guloseimas fora de hora: Já dissemos que o ideal são 6 refeições diárias e evitar as beliscadas fora desses horários;

3) Não imponha dietas restritivas, principalmente nas crianças menores. Em fase de crescimento, o caminho é a reeducação alimentar: comer de tudo um pouco (alimentos saudáveis) e em quantidades adequadas;

4) Ignore o velho hábito de fazer o filho raspar o prato. Isso costuma provocar a perda da saciedade na criança, ou seja, ela deixa de ter o próprio limite de saturação;

5) Evitar muitas brincadeiras na mesa: hora de comer é hora de seriedade, evitar fazer aviãozinho. Muito mimo é sinônimo de muita manha;

6) Não ceder ao primeiro "não gosto disso": a criança tem uma tendência a dizer que não gosta de uma comida que ainda não provou. Cada um pode comer o que quiser, mas pelo menos, experimentar não custa nada;

7) Substituir refeições: não quer arroz e feijão, então toma uma mamadeira. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir essa estratégia sempre;

8) Não faça da comida uma forma de recompensa ou moeda de troca. Exemplo: oferecer um sorvete se o filho se sair bem na escola ou comer toda a salada. "Coma toda a sopa para ganhar a sobremesa". Passa a idéia de que tomar sopa não é bom e que a sobremesa é que é o máximo;

9) Não ameaçar castigos para quem não cumpre o combinado: "Se não comer a salada, não vai ganhar presente". Isso somente vai aumentar o ódio que a criança sente das saladas;

10) Não subestime o poder de compreensão dos pequenos. Negar uma guloseima pode virar um "drama" para eles, mas só no início. A criança sem limites vai abusar das calorias e das guloseimas. Mesmo os adolescentes devem ser incentivados a ter apenas um dia por semana e situações em que podem ser mais liberais;

11) Evitar tornar a ida a uma lanchonete um "programão": a comida de casa fica meio sem graça;

12) Servir sempre a mesma comida: a criança só toma iogurte, então passa o dia todo tomando iogurte. Vai enjoar, vão faltar nutrientes, vão faltar fibras;

13) O processo de reeducação alimentar costuma ser mais longo em crianças. Não tenha pressa. O ideal é começar retirando aos poucos os alimentos que engordam;

14) Incentive seus filhos a praticarem esportes ou atividades físicas. Dê preferência principalmente as modalidades individuais no início, porque evitam alguns constrangimentos, como gozações e piadinhas dos colegas, além da pressão para um bom desempenho;

15) Procurar conforme a disponibilidade, ajuda de profissionais multidisciplinares como: médico, nutricionista, psicólogo e orientador de atividades físicas;

16) Toda a família deve apoiar e auxiliar no seu tratamento, evitando insistir no preparo de alimentos inadequados e não ridicularizando suas atitudes e esforços;

17) Dar o exemplo: as crianças e muitas vezes ainda os adolescentes seguem os exemplos e os hábitos dos pais. Não adianta mandar tomar sucos e somente beber refrigerantes. Orientar dietas e atitudes saudáveis e fazer diferente disso;

Aos pais, que sirvam de bons exemplos para os filhos! Esta é uma herança que não depende da sociedade, mas do equilíbrio e do bom-senso. Que a família assuma seu papel de grande educadora em meio propício ao desenvolvimento da mente, moral e corpo saudáveis.

 

 

Crises convulsivas febris

Causa de grande preocupação por parte dos pais, que recorrem à consulta pediátrica ou neurológica. As crises convulsivas febris ocorrem ao menos uma vez, em 2 a 5% das crianças com idade inferior a 5 anos.

Conceitua-se como convulsão febril : "aquela que acomete crianças entre 6 meses e 5 anos, associada a febre, mas sem evidência de infecção do sistema
nervoso central ou doença neurológica aguda."


É importante ainda salientar que crianças que já tenham tido crises convulsivas sem febre, não fazem parte deste grupo de pacientes Os focos infecciosos que mais comumente levam às convulsões febris, são em : amígdalas, laringe, faringe, ouvidos, pulmões, intestino e aparelho urinário. Estudos mostram um fator genético importante, pois em irmãos gêmeos a concordância chega a 70%, quando os mesmos são monozigóticos ( gêmeos idênticos ).

A crise tende a ocorrer no início do quadro febril e geralmente com temperatura  corporal maior que 38º C e sempre quando há uma subta elevação da temperatura. Os familiares costumam relatar que a febre aumenta rapidamente e que muitas vezes só a observam devido ao quadro convulsivo.

A primeira crise ocorre principalmente entre 12 e 18 meses e manifesta-se
geralmente por hipertonia ( criança fica toda dura ) ou abalos ( tremores ) musculares generalizados com reviramento dos olhos, salivação intensa entre outras manifestações.

A duração é na maioria das vezes inferior a 10 minutos e após terminada a crise, a criança apresenta-se sonolenta. Crianças que apresentam várias crises, são consideradas como tendo uma única crise, quando as mesmas ocorrem num período curto de tempo.

A recorrência ocorre em cerca de 30% dos pacientes e apenas 10% destes, apresentam mais do que 3 recorrências. Há critérios bem estabelecidos para considerar uma criança com chance de apresentar novas crises, como : idade da primeira crise, tipo de crise apresentada e história familiar de crises febris ou epilepsia. O eletroencefalograma, na grande maioria dos crises é normal no intervalo entre as crises. Seu valor é limitado, pois a presença de alguma anormalidade, não contribui para o diagnóstico, não modifica a conduta tomada e não tem valor prognóstico.

O diagnóstico que sempre deve ser afastado nestes casos é o de meningite.

Por isso todas as crianças com convulsão febril, devem ser minuciosamente examinadas por médico capacitado e os pais interrogados sobre detalhes que auxiliem a decidir, junto com os critérios de recorrência, a melhor conduta terapêutica. Os pais devem ser orientados sobre a benignidade do quadro, pois são geralmente auto-limitados e sobre as condutas no momento das crises. Quase nunca necessita de medicação de controle. 

 

 

 

Por que bebê soluça muito?


O que são soluços?

    Soluços são contrações do músculo diafragma. Músculo este que separa a parte inferior da superior do tronco. Essa contração causa uma entrada busca de ar dentro dos pulmões, causando aquele barulho característico do soluço.

 

 

 Os soluços incomodam mais os adultos do que os bebês, por causa da questão psicológica de dominar o próprio corpo. É frustrante, para nós, vermos que prender ou controlar a respiração não nos impede de continuar soluçando. O bebê, não tendo ainda a capacidade de se dominar, não sofre com isso. Talvez, por isso, continue quietinho com seus soluços, enquanto nós tentamos fazê-los passar.

Sendo o soluço uma contração do músculo diafragma, qualquer evento irritativo desse músculo pode provocá-lo.

Causas de soluço

   • Soluço causado pelo frio - em geral, se relaciona com correntes de ar no ambiente ou falta de roupas.

  Mesmo nos dias mais quentes, quando dá vontade de deixar o bebê só de fraldinha, devemos mantê-lo com uma camisa sem mangas, que cubra a barriguinha e as costas. Os pés também devem ser mantidos protegidos (para os dias quentes sapatinhos de crochê ou de pano; para os dias mais frios, sapatinhos de lã). Fraldas molhadas e camisa muito babada também podem provocar soluços pelo frio. Esse tipo de soluço passa com roupas adequadas e evitando-se as correntes de ar.

   • Soluço por estômago muito cheio - ocorre depois de mamar além da conta.

   Nesse caso, basta mantê-lo no bebê-conforto, ou recostado em travesseiros, de maneira a permanecer semi-sentado. Caso queira esperar que o soluço passe com o neném no colo, mantenha-se com ele sentado em suas pernas, com as costas apoiadas em sua barriga; tendo o cuidado de deixar a barriguinha dele livre, para evitar a compressão do diafragma.

   • Soluço por estômago vazio - fome também pode dar soluço. Esse é o tipo de soluço mais fácil de resolver, basta dar de mamar.

   Soluços motivados pela ação reflexa do sistema nervoso central acontecem por imaturidade do sistema nervoso autônomo. Esse tipo de soluço não se encaixa em nenhum dos itens anteriores e pode passar com um susto (barulho forte e súbito) que provoque uma reação do sistema nervoso simpático/parassimpático.

   Vale lembrar que, se seu bebê apresentar soluços freqüentemente, mas sem apresentar qualquer outro sintoma de doença, isso deve passar com a idade. De todo modo, ficando preocupada, converse a respeito disso com o seu pediatra.

 

Maneiras de acabar com os soluços

   • Verificar se o bebê está com fome. Sendo o caso, dar de mamar.

   • Dar 10 a 20 ml de água , logo que o soluço começar.

   • Deixá-lo durante uns dez minutos no bebê-conforto após as mamadas.

   • Verificar se está com frio e aquecer, se necessário.

   • Dar o peito para ele sugar por pouco tempo.

   • Oferecer uma pedra de gelo filtrado para ele chupar. Em poucos segundos o soluço passa.

   • Dar pequenos goles de água gelada, só até o soluço passar.

   Vale lembrar que estes dois últimos itens devem ser usados apenas em crianças maiores.

 

 

 

 

 

Bebês de mães obesas antes da gravidez têm mais gordura corporal total, mais massa gorda e menos massa magra que os de mães com IMC normal, sugerindo maior risco para doenças cardiovasculares no futuro
 
Bebês de mães obesas antes da gravidez têm mais gordura corporal total, mais massa gorda e menos massa magra que os de mães com IMC normal, sugerindo maior risco para doenças cardiovasculares no futuro

O objetivo do estudo publicado na edição de abril do American Journal of Obstetrics & Gynecology foi comparar o peso e a composição corporal (porcentagem de gordura, Bebês de mães obesas antes da gravidez
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) de recém-nascidos de mães com IMC (Índice de Massa Corporal) normal antes da gravidez (IMC<25 kg/m²) versus recém-nascidos de mães com sobrepeso ou obesas antes da gravidez (IMC > ou = 25 kg/m²).


Participaram do estudo 72 recém-nascidos (33 de mães com IMC normal e 39 de mães com sobrepeso ou obesas antes da gravidez) de gravidez com feto único e níveis normais de glicose da mãe durante a gestação. Foram medidos o peso corporal, o comprimento e a composição corporal com o auxílio de um pletismógrafo.


Foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos em relação à porcentagem de gordura. Neonatos nascidos de mães com IMC normal têm menos gordura total, menos Bebês de mães obesas antes da gravidez
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do que os neonatos nascidos de mães com sobrepeso ou obesas. Não foram encontradas diferenças significativas em relação ao comprimento ou ao peso corporal por ocasião do nascimento.


Embora sejam resultados preliminares, estes dados sugerem que o risco para doenças (como, por exemplo, doenças cardiovasculares, Guideline de diabetes')">diabetes e obesidade) pode ser avaliado precocemente na vida.

 

 
 
  
SINÉQUIA DE PEQUENOS LÁBIOS VAGINAIS

  

  

Aderência dos lábios vaginais pode acometer meninas de até dez anos

Há vários nomes para o problema -sinequia, coalescência ou fusão dos pequenos lábios vaginais-, mas todos resumem a mesma disfunção, que pode acometer meninas até por volta dos dez anos de idade: a aderência dos pequenos lábios vaginais.

As causas do problema, que é mais freqüente em bebês de até um ano e meio, ainda não são totalmente conhecidas, mas são relacionadas à baixa produção de estrogênio -natural nessa fase da vida. "Esse hormônio atua em todas as camadas da pele e melhora a vascularização da região", explica a ginecologista Marair Gracio Sartori, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Com o hipoestrogenismo, a região fica mais vulnerável à má cicatrização, o que pode fazer com que os lábios grudem. "Quando ausente [o hormônio], favorece-se a irritação ou um processo infeccioso na área", diz a ginecologista Mônica Lopez Vazquez, presidente do departamento de ginecologia da SBP-SP (Sociedade Brasileira de Pediatria-regional São Paulo).

Infecções crônicas por causa de higiene inadequada, traumas na região (como pequenas batidas) ou dermatites -causadas pela fralda ou pela calcinha- podem gerar pequenas feridas e favorecer a aderência. "Os pequenos lábios das meninas são internos, diferentemente dos das mulheres adultas, mais exteriorizados, e isso também facilita a sinequia", diz Luiz Cervoni, pediatra e diretor clínico do Hospital São Luiz-Unidade Anália Franco.

Assim, os pais devem ficar atentos a qualquer irritação na região. "Deve-se buscar o médico para identificar o causador da irritação e tirá-lo de cena", aconselha Vazquez. Ainda que uma infecção não leve, necessariamente, à fusão dos lábios vaginais, geralmente esse problema surge de um quadro irritativo.

Tamanho

Os pais normalmente têm dificuldade para identificar o problema, porque o tamanho da sinequia é variável: algumas são pequenas, outras são fechadas até a uretra.

Especialmente nos casos menores, quem percebe é o especialista, como aconteceu com a artesã Iraneide Carvalho Ribeiro, 37. Sua filha, hoje com nove anos, nasceu com os lábios vaginais grudados, mas isso só foi diagnosticado depois de sete meses. "Não havia notado, via que o canal da uretra estava aberto e, para mim, estava tudo bem", conta. Depois que a filha passou pela primeira cirurgia, voltou a ter o problema e teve de ser operada novamente aos três anos, desta vez por iniciativa da mãe, que conseguiu enxergar a disfunção.

A cirurgia, segundo especialistas, raramente é necessária. "Operar não é indicado na maioria dos casos, porque, se a região for cortada, há risco de a criança ter uma nova sinequia ainda mais grossa e fibrosa", diz Mônica Vazquez, da SBP.

Uma massagem com creme à base de estrogênio ajuda a desprender os lábios vaginais. A pomada deve ser usada com supervisão médica, pois o hormônio pode ser absorvido e, em doses ou períodos maiores do que os recomendados, pode pigmentar a região e gerar uma pseudopuberdade precoce.

Não tratar a sinequia pode levar ao acúmulo de secreção no local, o que aumenta o risco de infecções, e à retenção urinária, caso atinja a uretra.

Em adultas

Embora pouco comum, mulheres adultas, especialmente as inativas sexualmente e na pós-menopausa, também podem sofrer de coalescência dos pequenos lábios. O principal motivo também é a baixa produção de estrogênio, que precisa estar associada a outras causas, como traumas (roupa apertada, por exemplo), feridas na região ou infecções urinárias e vaginais.

O líquen escleroso, uma doença de pele, quando acomete a região genital, também pode desencadear a fusão em qualquer idade. "Por isso, mesmo quem não tem relações sexuais precisa fazer exames ginecológicos de rotina", alerta Sartori, da Unifesp.

Para o tratamento, são usados cremes de base hormonal e, em casos mais sérios, manobra digital (descolamento com a ajuda das mãos) e até cirurgia. A obstrução da região pode causar dor, infecções, mau cheiro, corrimento e assadura.

 

 

  

Sucos de frutas podem reduzir a absorção de medicamentos e não devem ser ingeridos simultaneamente
Sucos de frutas podem reduzir a absorção de medicamentos e não devem ser ingeridos simultaneamente

Sabe-se que o suco de toranja pode aumentar a absorção de alguns medicamentos, causando efeitos tóxicos ao organismo. Agora, cientistas da University of Western Ontario, apresentaram, no encontro nacional da American Chemical Society, novas evidências que mostram que ingerir suco de toranja, maçã ou laranja junto com medicamentos pode reduzir a absorção de certas drogas, prejudicando seus efeitos benéficos potenciais.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor de farmacologia David Bailey, da Universidade de Western Ontario, o efeito dos sucos de frutas pode, inclusive, anular totalmente o efeito dos remédios. Entre as medicações, estão algumas usadas para tratar doenças cardíacas, câncer, rejeição a órgãos transplantados, remédios para alergia e infecção.

Vinte anos atrás Bailey descobriu que o suco de toranja aumentava a absorção do medicamento felodipina, usado para tratar hipertensão arterial, provocando overdoses perigosas. Depois disso, outros pesquisadores concluíram que o suco da fruta tinha o mesmo efeito em quase 50 medicamentos. 

No último estudo, a equipe de Bailey deu fexofenadina, um anti-histamínico, a voluntários saudáveis. Alguns voluntários tomaram o remédio acompanhado de um copo de suco de toranja, outros com água pura e um terceiro grupo com água acompanhada de naringenina, ingrediente ativo da toranja.

Entre o grupo que tomou o medicamento acompanhado do suco, apenas metade do remédio foi absorvido, em comparação com os voluntários que beberam água pura.

A naringenina, ingrediente ativo do suco de toranja, parece bloquear um "transportador" da droga, conhecido como OATP1A2, que tem o papel de levar o remédio do intestino para a corrente sanguínea. Este bloqueio diminuiria a absorção da droga e neutralizaria seus efeitos benéficos, afirma Bailey.

Segundo a pesquisa, os sucos de toranja, maçã e laranja diminuíram a absorção da etoposida, um agente usado nos tratamentos contra câncer; alguns beta-bloqueadores usados no tratamento de pressão alta e prevenção de ataques cardíacos (atenolol, celiprolol, talinolol); ciclosporina, usada para tratar a rejeição a orgãos transplantados e alguns antibióticos.

Fonte: 236th ACS National Meeting in Philadelphia
 

 

 

 

Vick VapoRub aumenta a secreção de mucina, diminui a movimentação ciliar e prejudica a eliminação de secreções, segundo artigo da CHEST
 

Artigo publicado na revista CHEST por autores americanos mostra que o uso de Vick VapoRub (VVR) para alívio da congestão nasal pode induzir à inflamação das vias aéreas e à redução da função mucociliar. Por ser um irritante, o produto pode aumentar a produção de muco, causar edema nas vias aéreas e dificultar o movimento ciliar que ajuda na eliminação de secreções.

Amostras de traquéia extirpadas de furões saudáveis, animais que têm anatomia de via respiratória semelhante a dos humanos, foram incubadas em placas de cultura marcadas com 200mg de Vick VapoRub. A secreção de mucina foi comparada àquela dos controles sem VVR. A velocidade do transporte mucociliar traqueal foi medida pela cronometragem do movimento de 4ml de muco através da traquéia. A freqüência de batimento ciliar foi medida utilizando vídeo-microscopia. Furões anestesiados e intubados inalaram placebo ou VVR que foram colocados no tubo endotraqueal. Foram avaliados tanto os furões saudáveis, quanto aqueles nos quais foi induzida a inflamação traqueal com endotoxina bacteriana (um lipopolissacarídeo). A secreção de mucina foi medida utilizando um ensaio de lectina ligante de enzima e a água do pulmão foi calculada pela razão de peso úmido/peso seco.

Os autores concluíram que o VVR estimula a secreção de mucina e a velocidade do transporte mucociliar traqueal nas vias aéreas de furão inflamadas pelo lipopolissacarídeo. Estes resultados são semelhantes à estimulação inflamatória aguda observada com a exposição aos irritantes e pode levar à obstrução de pequenas vias aéreas por muco e aumentar a resistência nasal.

A recomendação é para não aplicar o produto abaixo do nariz ou diretamente no nariz de ninguém e nunca usá-lo em crianças abaixo dos dois anos de idade. Bebês e crianças têm vias aéreas mais estreitas e qualquer aumento do muco ou edema (inchaço) das vias aéreas podem estreitá-las, causando obstruções graves.

 

 

Sete passos para um coração saudável: publicação da American Heart Association

Sete passos para um coração saudável: publicação da American Heart Association

Publicado no periódico Circulation os sete passos da American Heart Association para manter a saúde cardiovascular, o “Life’s Simple 7”, que categoriza a saúde cardiovascular da população em pobre, intermediária ou ideal em cada uma das sete áreas.

A publicação diz que a saúde cardiovascular ideal é definida em um adulto por cada uma das medidas abaixo:

1. Nunca ter fumado ou ter deixado de fumar há mais de um ano.
2. Índice de Massa Corporal1 (IMC) abaixo de 25 kg/m² (o IMC é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros).
3. Ser fisicamente ativo. As novas recomendações são para a prática de 150 minutos por semana de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade física de intensidade vigorosa para uma saúde ideal.
4. Pressão arterial abaixo de 120 x 80mmHg.
5. Glicemia de jejum2 abaixo de 100mg/dl.
6. Colesterol3 total abaixo de 200mg/dl.
7. Dieta saudável. Quatro de cinco componentes chave da dieta. Para uma dieta de 2000 calorias ao dia, por exemplo, incluir:

  • Pelo menos 4 copos e meio de frutas e vegetais por dia.
  • Pelo menos duas porções de 100 gramas de peixe por semana, preferencialmente peixes como salmão, arenque, cavala, sardinha e truta.
  • Pelo menos uma porção de 30 gramas de grãos integrais ricos em fibras por dia.
  • Limitar a ingestão de sódio a 1500mg por dia.
  • Não beber mais do que um litro por semana de bebidas com adição de açúcar4.

Estas medidas serão monitoradas para determinar a prevalência5 de mudanças no status da saúde cardiovascular de toda a população e verificar o cumprimento do objetivo final.

A American Heart Association espera que estes sete fatores possam melhorar a saúde cardiovascular dos americanos em 20% até o ano de 2020 e também reduzir as mortes por doenças cardiovasculares6 e acidentes vasculares cerebrais em 20%.

 

 

 

Exame de sangue para detecção do antígeno NS1 no diagnóstico da dengue é mais eficaz, aponta pesquisa da FMRP-USP
01/06/2009 11h48


Um novo estudo recomenda que a rede pública de saúde adote exame de sangue para detecção do antígeno NS1 como diagnóstico da dengue. Além de comprovar que o resultado obtido com esse teste é mais rápido e eficaz do que os disponíveis atualmente, a pesquisa identificou que o NS1 é detectável até o sétimo dia da doença com segurança.

A dengue é uma doença aguda, de rápida evolução, com sintomas semelhantes ao de outras infecções, mas que em um número reduzido de casos pode assumir extrema gravidade, a chamada dengue hemorrágica. Sem uma terapia específica, a redução das complicações – e consequentemente da mortalidade – depende do diagnóstico precoce e do manejo correto do paciente.

A proteína NS1 tem sido reconhecida como um importante imunógeno em infecções por dengue, além de estar presente em altas concentrações no soro de pacientes infectados com o vírus durante a fase clínica inicial da doença.

O primeiro trabalho no Brasil a avaliar o desempenho da detecção dessa proteína como método de diagnóstico de dengue foi realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

“As análises da sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos mostram que esse teste poderia entrar como rotina na detecção viral no sistema público de saúde, proporcionando diagnóstico mais rápido da dengue”, disse Benedito Antônio Lopes da Fonseca, professor da disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais de FMRP-USP e coordenador da pesquisa.

A pesquisa analisou amostras de 250 pacientes com suspeita de terem contraído a doença atendidos no Pronto Atendimento do Centro Saúde Escola e na Enfermaria de Moléstias Infecciosas e Tropicais do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Os resultados obtidos com o teste NS1 foram comparados com os apontados pelos métodos de diagnóstico usados atualmente.

O estudo mostrou que o teste de NS1 teve maior eficiência do que os demais métodos. O diagnóstico fornecido pelo teste apresentou sensibilidade e especifidade maiores que o isolamento do vírus e a amplificação do genoma do mesmo pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR), usada nos primeiros cinco dias da doença. “A acurácia do teste de NS1 foi de 79,2% e a do PCR de 74,4%”, disse o infectologista.

A principal vantagem da detecção da proteína NS1 é a rapidez do resultado. “Em cerca de duas horas – do momento em que o sangue do paciente é coletado até a entrega do resultado –, o NS1 possibilita a análise de 90 amostras. Já o PCR geralmente demora de duas a três horas para ficar pronto e, nesse período, possibilita a análise de cinco a dez amostras”, explicou Fonseca. Além disso, segundo o pesquisador, o PCR é um método caro, que requer técnicos experientes e equipamentos de laboratório especializados.

“Porém, vale ressaltar que o diferencial do PCR é que ele identifica também o sorotipo que está circulando. E esse é um aspecto importante, pois uma das hipóteses do surgimento da dengue hemorrágica é a infecção sequencial, ou seja, em uma infecção secundária, causada por um tipo de vírus da dengue diferente do responsável pela infecção primária”, disse.

O NS1 apresenta vantagem também sobre a técnica de detecção de anticorpos da classe IgM (imunoglobulina M) antidengue, chamada MAC-Elisa. Esta não pode ser utilizada para diagnóstico na fase aguda da doença porque a IgM se torna detectável entre cinco e dez dias depois do aparecimento da febre em casos de infecção primária e, em alguns casos, é de difícil detecção em infecções secundárias. Por isso, costuma ser utilizada somente a partir do sexto dia da doença.

“A questão é que, nesse momento, o paciente ou já sarou ou evoluiu para um quadro mais grave. Já a proteína NS1 é detectável desde o primeiro até o sétimo dia da doença, permitindo o diagnóstico rápido e a implementação das medidas terapêuticas”, disse Fonseca.

O diagnóstico nessa fase é extremamente importante. Como o tratamento se resume em hidratação vigorosa, essa estratégia é contraindicada em outras doenças com manifestações clínicas semelhantes, como, por exemplo, a hantavirose.

Aplicação do exame

Em São Paulo, o teste de NS1 foi adotado pela Secretaria Estadual da Saúde nas cidades com maior incidência da dengue, para diagnóstico de casos suspeitos em que o doente chegue com até três dias da doença.

Essa medida ocorreu depois que a secretaria conheceu os resultados do estudo por intermédio do Instituto Adolfo Lutz, que teve contato com a coordenação da pesquisa.

O Ministério da Saúde também tem distribuído kits do exame para testar a metodologia em algumas cidades com alta incidência de dengue. Fonseca está articulando com a Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto a inclusão do teste NS1 na rotina dos centros de saúde da cidade. “Nossa proposta é que, no próximo ano, o teste seja realizado em Ribeirão Preto até o sétimo dia da doença”, contou.

Segundo o professor da FMRP-USP, o ideal seria que a rede pública estivesse aparelhada para realizar o exame no pronto atendimento. Não há necessidade de sala especial. Dessa forma, o resultado do NS1 chegaria praticamente junto com os demais realizados, como o hemograma, por exemplo, e, com isso, o médico poderia diferenciar caso a caso e teria mais segurança e agilidade na tomada de decisão.

“Se o NS1 mostrar que o paciente tem dengue e o hemograma demonstrar hemocentração – sinal de dengue hemorrágica – precisará ser tratado adequadamente. Se o paciente tem dengue, mas o hemograma está normal, isso significa que ele pode ir para casa e receber hidratação oral. Ou o contrário: o paciente não tem dengue, mas está com um hemograma alterado. Isso pode indicar que o problema pode ser uma pneumonia ou uma infecção urinária, entre outros”, exemplificou.

O estudo, cujos resultados foram apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Medicina Tropical, nos Estados Unidos, em 2008, terá continuidade com outras finalidades. Uma delas é investigar se é possível modular a gravidade da doença por meio da detecção do NS1 e a pronta instituição do tratamento.

Outro objetivo é detectar e identificar marcadores para diferenciação da dengue clássica da dengue hemorrágica, o que não foi possível durante o estudo em questão devido a pequena amostra de casos de febre hemorrágica.

O grupo da USP em Ribeirão Preto pretende também padronizar uma nova técnica para detecção de anticorpos neutralizantes, que será útil em futuras pesquisas, pois proporcionará a possibilidade de determinar com quais sorotipos de vírus da dengue os pacientes já foram infectados.

Fonte: Agência Fapesp